domingo, 22 de setembro de 2013

Mas como dizem, na vida nem tudo são flores, e há tempos que sinto falta de flores pelo caminho. Vez ou outra vejo uma pequena e murcha jogada ao pé da estrada. Usada. Gasta. Pisada. Há tantas pessoas assim que a gente encontra. Pessoas que têm a marca do tênis do fulano cravado no rosto, outras meio tortas pela queda, outras que já nem exalam perfume algum. Tenho medo que me pisem, me usem, me deixem assim jogada entre uma rua qualquer. Por isso nunca me deixo ficar, se eu ficar, talvez ninguém nunca me encontre mais. Talvez eu jamais me encontre.


Lara Oliveira

Nenhum comentário: